domingo, 18 de outubro de 2009

SISTEMAS DE AUTO REGULAÇÃO

A ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) veio tarde e a más horas “dizer de sua justiça” sobre o caso da suspensão do Jornal Nacional das sextas-feiras da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes.
E mais anunciou pomposamente a dita ERC que vai abrir um inquérito para averiguar se houve em tal caso ingerência do poder político.
Dá vontade de rir.
Mas afinal, há suspeitas dessa “ingerência” para a ERC falar nisso?
Porque o que fica claro aos olhos de toda a gente é que a ERC tem “medo” de alguma coisa, aparecendo a destempo a pretender “mostrar trabalho”, para que não se diga ter-se aquietado perante uma flagrante violação da lei.
E está também claro, face aos mais recentes acontecimentos, que o poder em Portugal depende mais das aparências que se fomentam através de um insensível controle dos meios de comunicação, do que da veracidade das mensagens políticas propriamente ditas.
Já apareceu alguém, PGR incluído (tão pressuroso que costuma ser em matérias delicadas para a opinião pública) a fazer algo para investigar o que Henrique Monteiro deixou no ar quanto à “entidade política” que teria feito chegar o célebre mail ao Expresso?
Já apareceu alguém a querer indagar porque o Sindicato dos Jornalistas se manteve mudo e quedo perante a actuação do DN ao publicar um mail trocado entre dois jornalistas do Público?
Já apareceu alguém a querer investigar como é que Francisco Louça sabia que era o nome de Fernando Lima que iria ser lançado na praça pública, mesmo antes de o DN ter publicado o dito mail?
Já apareceu alguém a querer investigar porque é que José Junqueiro do PS apareceu cerca de um mês antes das eleições a lançar a “suspeita” de que assessores de Belém estavam a colaborar no programa eleitoral do PSD, quando toda a gente sabe que isso sempre aconteceu com todos os assessores de presidentes, incluindo os de Jorge Sampaio em colaboração com o PS quatro anos antes?
Isto tem sido dito e repetido, e não o vi desmentido por ninguém.
Já apareceu alguém a querer investigar porque se insiste em atacar Cavaco Silva por não ter ido à Câmara de Lisboa no 5 de Outubro (dada a proximidade das autárquicas) quando toda a gente sabe que todos os anteriores presidentes fizeram o mesmo em idênticas circunstâncias?
Não apareceu nem vai aparecer ninguém.
Pela simples razão de que não é “politicamente correcto”.
O povo português tem, para este tipo de casos, uma expressão popular um bocado brejeira, que me escuso aqui a reproduzir por meras razões de decoro.
Vai acontecer nos próximos dias uma reunião do Conselho Nacional do PSD.
Até lá não faço qualquer comentário ao que têm sido os últimos tempos do partido.
Depois dessa reunião logo se verá.
Mas há uma coisa que devo dizer antes, até por respeito comigo mesmo.
Manuela Ferreira Leite foi ingénua, e pretendendo mostrar uma imagem de seriedade (que na minha opinião, e até prova em contrário, lhe assenta bem) não percebeu que estava a ser “trucidada” politicamente pela voracidade de uma comunicação social integrada em grupos económicos largamente comprometidos com o poder instituído.
Aos que não estavam (exemplos da TVI e Público) sabe-se o que aconteceu.
Só faltam quinze dias para José Manuel Fernandes ser substituído na direcção daquele jornal.
Perante tais factos não é difícil perceber porque é que Henrique Monteiro, director do Expresso, afirmou no Prós e Contras da RTP que não se quer meter nisto, porque (as palavras são dele) “cheira muito mal”.
E quanto à “seriedade” já voltaram os insultos e grosserias.
Durante a campanha para as legislativas Manuela Ferreira Leite era acusada de “salazarenta”.
Curiosamente voltou a ser José Junqueiro, salvo erro num comício do PS em Viseu, que leu uma breve passagem de um discurso de Salazar para daí tirar semelhanças com o discurso da líder do PSD.
Agora, já depois das autárquicas, aparece outra vez o PS, desta vez pela opinião desse exemplo de boa educação que é Augusto Santos Silva ( o tal que gosta de malhar na direita) a dizer que ela parece uma “anarquista espanhola”.
Isto prova o tipo de País e sociedade condicionada que temos, e que já várias vezes tenho referido:
-um insulto dito por alguém políticamente de direita é um acto "fascista". O mesmo insulto feito por alguém de esquerda é um hino à democracia.
Também para isto o povo tem uma expressão ( e esta posso reproduzi-la):
-Cada um come do que gosta.
Só há uma coisa que verdadeiramente me desilude em todo este rol de “miserabilismo político”:
Porque é que Maria Cavaco Silva, exactamente, a esposa do Presidente (pessoa por quem tenho todo o respeito) não escreve regularmente num qualquer jornal de grande circulação?
Provavelmente porque não quer misturar-se com certo tipo de “coisas”.
Claro que compreendo, mas é pena.
HPeter

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

PRÉ-AVISO

O Primeiro Ministro indigitado fez uma declaração ao País.
Melhor, fez uma declaração aos jornalistas, para poder aproveitar as perguntas destes visando atingir na opinião pública os objectivos da dita declaração.
Para dizer o quê?
Que está mudado.
Por qualquer inexplicável milagre (como são todos os milagres), transformou-se num “santo” pacificador. Assim lhe impõem os resultados das eleições legislativas, tendo cumprido o seu dever de ouvir todos os partidos e saber da sua disponibilidade para viabilizar soluções de estabilidade e governação.
Informou o País que ouviu de todos os partidos a mesma resposta:
-não a coligações e entendimentos parlamentares.
Pela sua parte fez o que podia (cumpriu o seu dever) em nome da dita estabilidade e, face às respostas que recebeu, vai iniciar as diligencias para formar o novo Governo.
É essa a responsabilidade que tem.
Espera que os outros partidos assumam também as suas responsabilidades.
O que é isto?
A maioria das pessoas será tentada a interpretar este magnânimo gesto como sinal de boa vontade.
Afinal os outros é que são maus, não viabilizaram nenhum acordo.
Tanto que só agora é que vai iniciar as diligencias para formar Governo, ou seja, diz-se subtilmente que se admitia a hipótese de o Governo integrar elementos de outras forças partidárias.
O que é escondido à opinião pública é que as coisas não se passam assim numa democracia adulta (como a nossa deveria ser e, pelo visto, não é).
Em situações como a que vivemos cabe ao partido vencedor das eleições dizer claramente, face à orientação política que pretende adoptar, qual o outro partido que considera ser o parceiro ideal para viabilizar um governo.
Não é andar a “fazer de conta” que quer entender-se com todos para afinal se perceber que lá no fundo nunca quis entendimentos com ninguém.
Só um povo distraído ou mal informado é que acreditará que o PS admitia entender-se em acordo ou coligação fosse com o PSD, ou o CDS, ou o Bloco, ou o PCP.
Mais hábil do que isto só as ciganas e lerem a sina nas feiras.
O mais importante da famosa declaração está no que não foi dito.
Qual é a verdadeira situação financeira de Portugal?
Quais as reais dificuldades que essa mesma situação acarreta para um Governo?
Que garantias tem de conseguir manter a estabilidade económica e social (sobretudo esta)?
O grande objectivo de tão “estranha” declaração, de conteúdo aliàs muito sucinto e cheio de nada, foi o seguinte:
-Ficam todos avisados que não há condições para isto correr bem. Pela minha parte tentei o que podia. Os outros é que não quiseram ajudar-me. Serão eles os responsáveis do que vier a acontecer.
Tenho para mim que isto é um sinal de mau começo.
Mas é infelizmente um prémio merecido para aqueles quarenta portugueses em cada cem que resolveram alhear-se dos problemas do País ao não irem votar.
Já todos sabemos que serão os primeiros a vir à rua protestar se algo correr mal.
É o costume.
HPeter

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

OBAMA E A SAÚDE


COISAS QUE SE ENTENDEM MAL.
UM PLANO DE SAÚDE E
POPULARIDADE
Dizem-nos notícias recentes que a popularidade de Barack Obama tem vindo a descer entre os americanos. A gota de água terá sido o célebre Plano de Saúde que ele apresentou como uma das suas grandes bandeiras na campanha eleitoral.
O que não se percebe é o que querem afinal os americanos.
Pela descrição que é feita internacionalmente o sistema de saúde até aqui praticado excluía de qualquer espécie de protecção cerca de 5o milhões de pessoas, que se viam obrigadas a recorrer ao regime dos seguros de saúde para salvaguardarem a sua protecção até onde fosse possível.
As ineficiencias de certos sectores do regime público faziam o Estado gastar milhões na cobertura de determinadas despesas em saúde. O que Obama veio apresentar é uma idéia que chamou de "opção pública" e que, em traços gerais significa alargar os cuidados de saúde, privados ou públicos, a toda a população, comprometendo-se o Governo a subsidiar a compra de seguros.
Isto terá feito disparar protestos em todos os sentidos, inclusivamente com o fundamento de que a expansão do papel do Estado não faz parte do código genético dos Estados Unidos.
Vamos a ver se se entende.
Os Estados Unidos da América sempre esconderam, por detrás da carapaça de grande potencia política, económica e militar, as contradições internas latentes no seu "estar" social.
A sociedade americana é uma convergencia de contradições, sejam étnicas ou culturais, e a matriz histórica que poderia potenciar é ainda muito recente para se poder falar de enraizamento colectivo.
Gerir o caldo de culturas que permanentemente fervilha naquele País não é fácil, e se houve coisa que sempre me fez desconfiar foi a facilidade com que a "novidade" Obama entrou nos gostos dos americanos.
Não há nisto nenhuma espécie de crítica, apenas o reconhecimento de algo quase impensável.
Obama beneficiou do "desastre" Bush, mas vozes mais avisadas sempre foram alertando que a América não se governa apenas com bons dotes de oratória, e além disso, está de tal modo envolvida em tantas frentes (seja qual fôr o sentido que se dê a esta expressão) que muito dificilmente um qualquer candidato poderá desempenhar bem o papel de "milagreiro".
O facto de se registar uma descida na popularidade de Obama não espanta.
Espantou foi a vertiginosa velocidade com que ela subiu e aos níveis a que chegou inicialmente.
A América continuará a ser o que sempre foi, e Obama vai ter de perceber que conviver com isso nunca será fácil. Para ele ou outro qualquer.
HPeter

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

SIMPÓSIO DO CLERO


Extractos da intervenção de Dom José Policarpo no IV Simpósio do Clero, há dois dias em Fátima, com a presença de mil sacerdotes.
Entre outras coisas, D. José Policarpo centrou a sua intervenção num princípio de unidade doutrinal e pastoral (que alguns órgãos de comunicação social leram como reprimenda a certos elementos do Clero) e com passagens do seguinte teor:

"Enquanto houver alguns bispos e padres que se consideram com o direito de decidir pela sua cabeça os caminhos de pastoral, o sentido da existência moral, a maneira de celebrar, estamos a fragilizar a proposta cristã, num mundo que saberá aproveitar, com os seus critérios, as nossas divisões"
"A comunhão hierárquica exige a humildade da obediência, atitude básica de uma total disponibilidade para o serviço"
"Muitos sacerdotes dão, neste aspecto, sinais de contradição interior"
"É necessário redescobrir o Concílio Vaticano II"
"Aqui devem ter-se em conta por exemplo as regras de funcionamento de gestão de uma empresa, que não deve aparecer com diferentes orientações de comando"
"Não queiramos ser como o mundo gostaria que fossemos, procuremos a nossa identidade no seguimento de Jesus Cristo, na fidelidade à Igreja e na santa liberdade dos filhos de Deus".

De facto têm surgido ultimamente algumas opiniões de sacerdotes (em pequeno número, é certo) que aparecem públicamente a defender soluções que diferem da orientação geral da Igreja, a começar pelo próprio Vaticano.
O caso de uso de preservativo nas relações sexuais, a interrupção voluntária da gravidez em certos casos, e outros pequenos exemplos.
O que D. José Policarpo fez, em minha opinião, foi ressaltar que a Igreja, como qualquer Instituição, deve falar a uma só voz.
Não importa agora saber se bem ou mal ajustada à realidade dos nossos tempos.
O problema é que muita coisa funciona mal na sociedade que temos precisamente porque, sem qualquer espécie de prurido, muita gente se acha no direito de dizer e fazer o que pensa à revelia das orientações de quem os coordena.
Uma organização assim, seja ela qual fôr, não irá longe.
Neste estrito ponto de vista acho que Dom José Policarpo deu um bom exemplo de liderança.
HPeter

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MEMÓRIA CURTA

"Quem não tem respeito pelo Presidente da República vai ter respeito por quem?"
É consultar os arquivos das televisões, em que isto foi dito por alguém ao mesmo tempo que caminhava para uma qualquer reunião partidária.
Palavras célebres ditas em inícios de 2005 a propósito das reacções da Santana Lopes e do PSD à decisão do então Presidente Jorge Sampaio de dissolver o Parlamento e convocar eleições.
Decisão essa que, já toda a gente hoje percebeu, ter sido tomada para ele, Presidente, se reconciliar com a sua "família política" que, mais ou menos seis meses antes lhe "desancara" forte e feio por ter aceite a substituição de Barroso por Santana no cargo de Primeiro Ministro.
Soaram bem alto nessa altura as críticas, entre outros, de Ana Gomes, que chegou a acusar Jorge Sampaio de se ter aliado à direita.
O então Presidente estava à distancia mais ou menos de um ano de terminar o seu segundo mandato, e não ficaria decerto bem consigo mesmo se o terminasse em diferendo com o seu próprio partido.
Ouvi há dias alguns comentadores lembrarem este caso e dizerem que "aquela dissolução nunca ficou muito bem percebida..."
É o caso em Portugal, as coisas nunca se percebem muito bem.
É melhor deixá-las "poisar", as pessoas vão esquecendo, o tempo passa, etc e tal.
Muito bem.
Passaram quatro anos e meio.
Cavaco Silva há poucos dias vetou a lei das uniões de facto.
Podem discutir-se os fundamentos, como referi no artigo anterior, mas é uma decisão do Presidente da República, ponto.
José Sócrates há dois dias, numa reunião (ou comício) partidária, discursou assim:
"Não conseguimos aprovar a lei das uniões de facto nesta legislatura? Está bem. Conseguiremos na próxima se ganharmos as eleições".
Omitiu os fundamentos do veto, também está bem.
Mas uma coisa não consegue evitar.
Que os portugueses entendam tais palavras como uma afronta a uma decisão do Presidente da República, que de resto o PS tem tentado ultimamente e de modo sistemático colar ao PSD.
Percebe-se a estratégia, tão legítima como qualquer outra no arremedo de democracia que vivemos.
Mas que soa como afronta parece-me inquestionável.
Só falta relembrar o autor da frase com que se iniciou este texto.
Foi José Sócrates, na altura candidato a Primeiro Ministro.
Está bem.
HPeter

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ANDA TUDO MUITO CONFUSO


Andamos em época de eleições há já bastante tempo.
Digam o que disserem os nossos políticos vê-se fácilmente uma espécie de nervoseira em quase todos eles.
Chega a parecer um poker sem ases.
Cavaco acaba de dar mais um sinal ao vetar a proposta de lei sobre a alteração do regime jurídico das uniões de facto, invocando a necessidade de maior discussão pública, e até a inoportunidade face ao aproximar de eleições.
De imediato se gerou um nervoso miudinho, sobretudo nos partidos à esquerda.
Também me parece difícil perceber como pode um Presidente invocar a proximidade de eleições para vetar uma lei.
Mesmo que seja éticamente aceitável tal argumento, corre o risco de ser conotado com o jogo partidário.
Espero que Cavaco tenha a sagacidade necessária para não se deixar envolver nesse (para ele) "terreno pantanoso", tendo em conta as funções que exerce.
HPeter

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

GRAET DEAL

Andou por aí um alarido por causa da saída de Moniz da TVI.
Lidas bem as coisas é um negócio bem feito.
Afinal parece que ele vai para presidente ou vice presidente da Ongoing, a empresa que adquiriu (ou vai adquirir) parte da TVI, ou melhor, da Media Capital.
Conta-se ainda que a Ongoing pertence a um grupo que tem (ou vai ter) parte da SIC.
E segundo consta Manuela Moura Guedes vai continuar na referida TVI.
Inicialmente talvez desse para pensar em revanchismos.
Tem de reconhecer-se que o homem tem "dedo para o negócio".
Resolve, se calhar ainda melhor, a sua situação profissional, e sai das "bocas do mundo", fora das polémicas com Governos, Benficas e coisas semelhantes.
E ainda há quem se admire de a TVI ter chegado onde chegou...
É de se lhe tirar o chapéu.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

JIPE PRESIDENCIAL

A SUBTILEZA
Cavaco Silva vai para férias carregado de trabalho.
Segundo o próprio leva consigo muitos diplomas legais novos para analisar, e eventualmente promulgar ou vetar.
São tantos que dariam para encher um bom jipe (palavras do próprio).
Não nos esqueçamos do alerta presidencial recente aos partidos quanto a legislarem muito por esta altura, vésperas de actos eleitorais.
Apetece saudar a “subtileza” do Presidente.

SOLUÇÃO?
Senhor Presidente:
-Atreva-se a pedir um Jipe ao ministro das finanças.

Mas atenção:
Com isenção de IA.

Era o que faltava…

HPeter

domingo, 2 de agosto de 2009

NORTON DE MATOS



“ O corpo exterior do homem vai perecendo, mas o interior do homem, que o sabe ser, renova-se de dia para dia”



(S. Paulo. Epístola aos Coríntios, citado por Norton de Matos na fase terminal da vida.)



A foto acima (Ponte de Lima) simboliza apenas a homenagem a uma figura importante da nossa História, e que ali nasceu em 1867.


Independentemente dos cargos que desempenhou, tornou-se um símbolo da luta pela liberdade quando em 1949 pôs determinadas condições para ser candidato à Presidencia da República. Como era de esperar Salazar não satisfez essas mesmas condições.


As atribulações da vida fizeram com que o seu fim não fosse dos mais desejáveis, incluindo problemas de doenças familiares que muito o atormentaram.


Mas pode ser considerado um percursor ou pioneiro do que mais tarde Portugal viveria.


A frase citada denota pujança, convicção.


Já há muito não se nota disso por cá.


Daí que relembrar esta (e outras) figuras do nosso passado continue a ser cada vez mais importante.


HPeter

sábado, 1 de agosto de 2009

SISTEMA FALHADO



A B S O L V I D A

Cada vez mais se confirmam certos casos de investigações aparentemente

"assanhadas e preconceituosas".

Têm sido inúmeros os exemplos de

sentenças de sinal contrário ao que as investigações pareciam predizer, com a sensação de que se investiga e acusa por razões que não têm a ver apenas com o incumprimento da lei.

E não se diga que os magistrados que absolvem são incompetentes ou se determinam por outros motivos.

Então seriam todos.

Não.

O problema é que, na sanha de mostrar trabalho e ganhar certos tipos de protagonismo, acusam-se de preferencia figuras públicas para dar a idéia que nada nem ninguém intimida.

Chegam a criar-se equipas especiais de investigação, normalmente sempre lideradas pela "justiceira do povo", que têm a incumbencia de acusar seja lá por que motivo fôr, e até a obrigatoriedade de recorrer sempre, independentemente da boa ou má administração da Justiça, e em nome de um aparente princípio de que "é preciso condenar, condenar, condenar".

Depois, por mais frágeis que sejam tais acusações, a "responsabilidade" será sempre do Magistrado que sentenciou.

Poderá não ser sempre assim, mas tem sido assim em grande número de casos.

Dá um certo "gozo" à populaça ir falando e mexericando sobre os eventuais "pecados dos famosos".

É o melhor terreno para se transmitir uma imagem de força investigatória.

Mas não é o melhor para se ganhar confiança no sistema, por mais que queiram fazer deste País uma terra de "bufos".

Felizmente a maioria não é.

HPeter

sexta-feira, 31 de julho de 2009

"VIOLA NO SACO"

Afinal Cavaco tinha razão?
O Tribunal Constitucional acaba de o dizer, mesmo que indirectamente, a propósito de várias inconstitucionalidades do célebre Estatuto dos Açores.
E às tantas também teve razão ao chamar os partidos para avisar da forma apressada de aprovar leis na Assembleia.
Ao mesmo tempo tem piada.
Ainda se lembram do "braço de ferro" por causa deste assunto?
Nem mais...

HPeter

quinta-feira, 30 de julho de 2009

LEONARD COHEN





Leonard Cohen no Pavilhão Atlantico.


O génio, a criatividade, a poesia, o talento.


IMPERDÍVEL.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

"CARAVELAS PORTUGUESAS"

Que notícia...
"Várias 'caravelas portuguesas', organismos perigosos que causam alergias ou até queimaduras na pele, deram hoje à costa a norte da Foz do Arelho, Caldas da Rainha, obrigando os nadadores-salvadores a içar a bandeira vermelha."

São parecidas com alforrecas, mas não são alforrecas.
"caravelas portuguesas"?
Que raio de nome.

HPeter

terça-feira, 28 de julho de 2009

NÃO LEMBRA AO DIABO

Dos jornais:
""Mil cento e cinquenta e quatro armas de fogo foram extraviadas ou roubadas em Portugal em 2008, numa média superior a três por dia que "alimenta" o mercado paralelo e a criminalidade violenta. O número foi hoje revelado em Viana do Castelo, num seminário sobre "Armas e Segurança", pelo responsável do Departamento de Armas e Explosivos da Direcção Nacional da PSP.""
Entretanto, e segundo foi recentemente anunciado, a PSP fez (ou vai fazer) um leilão de armas apreendidas.
Vá lá a gente entender...
HPeter

segunda-feira, 27 de julho de 2009

(I) LEGALIDADES

Parece inacreditável, mas não é.
Um jogo de futebol acabou com as duas equipas derrotadas por 3-0.
Resultado materialmente impossível.
Legalmente válido.
Justiça desportiva?
Desfasada da realidade?
Pois...

HPeter